Roberta Ibãnez: Eu sou a Roberta, mas pode me chamar de Rô. Se você é criança, já somos grandes amigos. E, se leu as histórias da Arca da cidade, agora me conhece também. Um pouco de mim vai em cada uma. Arteira, como o Saci; defensora radical do ambiente, como o Curupira; perfeccionista, como o João-de-Barro; romântica (ai, romântica…) como a Naiá. E tenho meus instantes de Boitatá. Quem não tem? As lendas possuem este dom: falam um pouquinho de nós e nos colocam em contato com a natureza de todas as coisas. E natureza é mesmo comigo! Moro ao lado da maior reserva natural de São Paulo, a Serra da Cantareira. Quando não estou lá, vocês podem me encontrar nas trilhas e nas praias de Ilhabela – eu, meu amigo Sol, minha amiga Lua (e minhas duas estrelas inseparáveis, Juliana e Mariana). Só quem fica em silêncio total, pisando na terra, olhando para o céu profundo, ouvindo os sons inexplicáveis da mata e o murmúrio da água, sondando a alma das flores, consegue perceber como é misteriosa e bela a vida. A natureza que mais me apaixona, entretanto, é a humana… Quando pequena adorava ouvir histórias: de meus avós, de meus pais, de qualquer um que queria contar. Estava sempre acompanhada de um livro. Meu pai, mais do que ninguém, incentivava este prazer comprando, emprestando, deixando uma boa leitura ao meu alcance. Assim trilhei o caminho das letras e da literatura. Fui professora de português, coordenadora e hoje sou diretora de uma escola de São Paulo (ah, escrevo livros didáticos de inglês também).
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